sexta-feira, janeiro 16, 2009

Vem


Vem!
Me abrace forte e me faça feliz...
Resista todos seus medos
Deixe prá trás suas supostas culpas.
Sinta no meu olhar, toda ternura que meu espírito deseja para ser feliz...
Olhe-me de frente e sinta que o caminho será lindo.
Um caminho florido, onde as flores se amam entre si .
Nada precisa ser dito, apenas caminhe. Venha!
Seremos dois seres unidos na mesma emoção.
Seguiremos lado a lado, e perceberemos que nossas vidas nunca mais serão as mesmas.
Seremos um só!
Não faremos perguntas um ao outro.
Não diremos "eu te amo", pois não será preciso.
Nosso amor dispensará as palavras...
Ele falará por si.
E o que as palavras não disserem, nossos olhares, nosso gestos e atitudes repetirão em todos os momentos em que estivermos juntos.
Pois sabemos, que o amor não é para ser dito. É para ser sentido, em toda sua magnífica plenitude.
Então vem!
Vamos viver esse amor!
Porque preciso de você, e sei com toda a certeza que também precisa de mim!

sábado, janeiro 10, 2009

Às vezes me acho tão chata, tão insuportável. Não vejo mais alegria nas cores, nos animais, nas pessoas... Talvez seja eu mesma que esteja repudiando toda manifestação que não seja a minha tristeza...
O vazio percorre minha alma. E pensando na minha solidão, neste vazio em que tudo se transformou, eu entendo finalmente que sou apenas uma fracassada, iludida por meus próprios sonhos e hoje vivo num pesadelo absoluto... Preciso de forças para acordar!

EU QUERO ACORDAR!
QUERO VIVER DE NOVO!

VELHO TEMA I
Só a leve esperança em toda vida
disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
que uma grande esperança malograda

O eterno sonho da alma desterrada
sonho qie traz ansiosa e embevecida,
é uma hora feliz, sempre adiada
e que não chega nunca em toda a vida

Essa felicidade que supomos,
árvore milagrosa que sonhamos
toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos
porque está sempre apenas onde a pomos
e nunca a pomos onde nós estamos

Vicente de Carvalho



domingo, janeiro 04, 2009

Mais uma vez estou sozinha a noite. A paisagem da cidade de repente se tornou confusa, difusa, apesar das linhas retas, como se fosse uma visão do outro mundo.
Estou sozinha e por isso tudo é misterioso. Nenhuma forma tem sentido, os
objetos perdem definição, dimensão. Nada é real. Nosso passado está em cada sombra , mas é esquivo. Escapa rapidamente da minha percepção. Não é sonho, é um pesadelo o que vivo. Ele se enraiza dentro de mim, estende tentáculos por todo meu sangue e meus nervos. É real e tenebroso. Nada a volta me interessa, nem me atinge. Nada traz luz à grande escuridão instalada dentro de mim. Nada traz alegria, para vencer a dor que se envolve em meu peito.
Estou sozinha, desprovida de espírito. Estou em pedaços, pois não tenho mais alma. Você me deixou, e então vi que tinha perdido tudo que de belo houve em minha vida. Tudo que foi nosso. Restou esta enorme saudade, restos do passado. Contornos indistintos que se transformam em manchas. Borrões escuros e pegajosos.
Restou uma vida sem sentido, condenada a ser longa, eterna. Restou a dor. Uma mulher só não é uma mulher. Nem parte de paisagem. Ela é a própria paisagem, confusa, difusa, sem vida...